sábado, 12 de dezembro de 2009

O Mergulho do Ano

Espero que o sentido de humor do João que o levou a mergulhar tantas vezes para nos proporcionar outros tantos momentos de gargalhadas permaneça intacto e me deixe assim partilhar com o resto do mundo esta relíquia!

Sentem-se, respirem fundo e contemplem: o Mergulho do Ano!



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Nobel do Fanatismo: Ocidentais Cristãos



Acho piada aos ocidentais cristãos. Têm piada, a mesma piada que caracteriza os manifestantes de extrema direita ou as claques de futebol mais agressivas, porque só têm a importância que lhes damos e a piada incide em vermos as figuras patéticas que as pessoas fazem escondidas atrás de uma capa dogmática como a religião cristã.


Não compreendo como é que os cristãos criticam tudo o que lhes faz espécie na sociedade e depois se alguém lhes aponta o dedo reagem como virgens ofendidas. Faz lembrar aquele miúdo que na escola está sempre a dar caldunços aos colegas mas se há um que responde, ele vai a chorar para casa fazer queixinhas à mãe.


Ora, a Igreja católica (possivelmente como outras igrejas cristãs) comenta tudo o que se passa no mundo, se for preciso o Padre no domingo de eleições diz em quem as pessoas hão-de votar em pleno altar, é uma instituição retrógrada nas suas perspectivas, acha-se um poder superior até ao próprio poder estatal, tem influência em todos os sectores da sociedade mas, e por mais paradoxal que possa parecer, tem tendência a morrer aos poucos. Faz lembrar o comunismo: vive centrado em ideias ultrapassadas, capta na sua maioria a população mais idosa e se alguém critica os seus ideais excomungam publicamente esse alguém.


É curioso que, partiu de um reconhecido comunista e prémio Nobel da Literatura (1998), José Saramago, a mais recente crítica à igreja cristã.


As bases da Igreja cristã são dogmáticas, ou seja, acredita quem quer. Mas, na realidade, aqueles que não acreditam são vistos na sociedade como a “ovelha negra”.

Já notaram neste aspecto: as pessoas mais novas hoje em dia dizem-se católicas porque sim; Porque o pai era, a avó era e elas também têm que ser sem perceberem bem o que estão a fazer numa missa ou com um crucifixo ao peito. Além dos aspectos científicos adjacentes ao próprio ser humano, as únicas acções que são entendidas como sendo do processo natural do crescimento do Homem são os processos cristãos: baptismo, casamento, etc. Se eu disser que não me quero casar ou que não quero um símbolo religioso no meu funeral aparecem logo as velhinhas da aldeia a dizer que sou louco. Porquê?!...

São essas mesmas ideias cerradas que consideram o livro de Saramago “Caim” como um documento maldito mesmo sem o terem lido. São pessoas que aceitam as coisas sem as estudarem, sem as lerem. São pessoas que não sabem do que falam.


No outro dia, alguém me disse: “Mas se o Saramago é ateu, é porque não conhece a Bíblia”. Completamente errado, minha cara. Tenho a certeza que José Saramago conhece melhor a Bíblia que a maior parte das virgens ofendidas que o vêm agora criticar na praça pública como se fazia, e disse Saramago muito bem, nas fogueiras inquisitórias.


Eu próprio deixei de ser crente quando comecei a ler a história do cristianismo e, principalmente, a da Igreja Católica. É das instituições mais criminosas que temos hoje em dia. Acredito em Jesus Cristo enquanto pessoa e ser humano muito inteligente para a época em que viveu. Nada mais que isso.


Contudo, já me sucedeu ir à missa, por circunstâncias muito específicas, e depois uma dessas sujeitas que nem sabe o que lá está a fazer me criticar por eu não ter feito o crisma, em frente ao Padre, e acabar por fazer figura de pateta quando abertamente eu citei uma das passagens que o Padre tinha dito na missa e que, de certa forma, justificava a minha opção de não fazer a crisma. Ou seja, eu, que não acredito, percebo mais e estive com mais atenção às palavras do Padre que a menina esperta que fez o crisma (possivelmente para mostrar um fato novo na igreja).


Respeito quem acredita mas faz-me espécie este tipo de exemplos: a D.Maria foi operada com sucesso à vista e, quando já não via quase nada passa a ver muito bem. Então, a D.Maria, uma senhora muito católica, vai a Fátima gastar a reforma dela na forma de velas e donativos porque Deus fez um milagre. Eu gostava de ver, se a operação tivesse corrido mal, se a D.Maria ia processar o médico ou Deus, porque o milagre já não tinha acontecido.


São crenças que respeito mas não acredito. Como Saramago não acredita e só porque disse publicamente que “a Bíblia é um manual de maus costumes que defende um Deus cruel” é crucificado publicamente. Tal como Cristo foi por defender ideias próprias! Irónico, não é?...


O exagero e o fanatismo são de tal ordem que agora parece que Saramago perdeu todas as qualidades literárias e todos os prémios que recebeu lhe foram mal atribuídos. Há mesmo um deputado do PSD que sugeriu a Saramago que renunciasse à nacionalidade portuguesa ao que o escritor se limitou a dizer que se “sentiria estúpido se lhe respondesse”. É o que digo: esta malta tem piada se os deixarmos a espumar a raiva sozinhos.


Como esse tal de Sousa Lara que em 1991 nada mais fez do que assumir que o Estado tem religião ao proibir que “Memorial do Convento” fosse leccionado nas escolas portuguesas. Para mim, isso foi crime: o Estado português é laico! Mas, como disse, a Igreja Católica tem poderes superiores ao do próprio estado, logo não me surpreende.


E alguém acredita que Saramago fez isto por publicidade?!

Ele que tem um prémio Nobel, 87 anos de idade, obras publicadas em todos os continentes e nas mais variadas línguas, a vida feita, os livros que tinha a vender já os vendeu, fez isto por publicidade?! Curioso é que o livro que disparou as suas vendas nas livrarias durante a semana passada em resultado da polémica foi… a Bíblia!


Não sei se se recordam mas aqui há uns três anos um cartoonista dinamarquês, não sei em que contexto, ofendeu a Religião Muçulmana através de uma publicação num jornal. De imediato os muçulmanos reagiram abruptamente e então, os ocidentais cristãos, que se julgam donos da razão religiosa, acusaram os muçulmanos de exagero, extremismo e fanatismo.


Esses tais que, agora com Saramago, reagem exactamente da mesma forma.


O Fanatismo faz as pessoas cegas!


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Nova Oportunidade


Ninguém vence nesta vida sem abdicar dos seus princípios.
Mas, abdicando dos princípios, não estamos a vencer, estamos-nos a render.

Eu prefiro ir lutando e sonhando para poder contrariar a frase com que comecei este post.

A vida tem-me sido traiçoeira mas se não desisti até aqui, e se me sinto agora com cada vez mais força para ir em frente e não desistir, não há razões para não lutar cada vez mais.

Está é uma última Nova oportunidade. A que eu sempre quis.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Christian, O Leão!




Esta é uma história de Amor que descobri ao ver o programa de Oprah Winfrey.
É Poesia. É Vida. É um Conto de Fadas.

E como todos os Contos de Fadas, eu vou contar-vos resumidamente a história deste, começando por...


"Era uma vez, um pequeno leão que estava para venda, dentro de uma pequena jaula, no Harrods, em Londres. Corria o ano de 1969 (O Verão do Amor) quando John Rendall e Ace Berg, dois jovens amigos, passaram em frente à famosa loja londrina e decidiram comprar o leão, apelidando-o de Christian.

Rapidamente Christian ficou grande demais para viver com eles e a sua natureza exigia um ambiente mais adequado. Deste modo, os dois amigos decidiram, em 1971, levar Christian até à selva africana, no Quénia, onde passou a viver num parque natural.

Em 1972, já um ano após terem deixado Christian em África, os dois amigos decidiram voltar para o ver. Foram avisados que era uma atitude arriscada pois Christian era já um leão adulto que era líder do seu grupo, um leão mais agressivo do que quando o tinham visto pela última vez e habituado a atacar.

Mesmo assim, os dois amigos decidiram que queriam ver Christian.

Certamente, uma atitude arriscada, tendo em conta tudo o que lhes foi descrito.
O curioso é que, quando Christian viu os seus antigos donos à sua espera, parou e...

Bem, agora é a altura para verem o vídeo!"


Posso adiantar que, após este encontro, Rendall e Berg voltaram no ano a seguir para estar, pela última vez com Christian. Passaram, os três, nove dias sozinhos em África.

Nesta altura devem vocês estar a pensar: "Como é isto possível?!".
Caros amigos, a resposta está no vídeo: "Porque o amor não tem limites e a verdadeira amizade é eterna!".

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

O Raúl: Da Pátria. Do Povo. Do Palco.


Podia, como fiz no segundo post que escrevi no Sumo de Kiwi ("Fernando, uma genial Pessoa"), fazer acerca de Raúl Solnado uma sinopse do que foi a sua vida profissional.

Não quero. Podia, mas não quero.

Isso vou deixar para quem percebe, para quem sabe, os críticos e os que o viram em palco no auge da sua carreira.

Sei pouco de Solnado. Sei muito do Povo.
Solnado era do Povo.

Como o Fialho Gouveia, que nos disse um "Até Já" ou como o Carlos Cruz.
Estes três apresentaram um dos mais cómicos programas de Humor em Portugal. Digo-o porque o sei, porque o comprovo na RTP Memória (sim, este canal é o expoente máximo de serviço público). As suas interpretações de Ludgero Clodoaldo são maravilhosas!
Sim, porque actualmente existe em Portugal a tendência para confundir Humor com Brejeirice. Solnado fazia Humor, do bom.

"Ensinou a rir um país que não está habituado a rir" - disse Carlos do Carmo, numa saudação final a Solnado.

Como disse, o trajecto profissional de Solnado e as suas qualidades artísticas entram quase em segundo plano neste contexto. Aliás, quase todos os que falaram e o conheciam de perto, destacaram em primeiro lugar as suas qualidades humanas.

"É do Povo, é um dos últimos artistas acarinhado pelo Povo", destacou Vítor de Sousa. Num país onde reinam os "Chunga-Chiques" (como os apelida, e justamente, um amigo meu), Solnado era um oásis no deserto de talento que existe no nosso país.

Ele fazia rir. Perdão, ele ainda hoje faz rir. 40 anos depois vejo "Zip Zip", "Quem Te Viu e Quem TV" ou a sua famosa "Guerra de 1908" e rio desalmadamente. Por falar em "almada", quase nem queria acreditar quando soube (na RTP Memória) quem foi o primeiro convidado do "Zip Zip": José de Almada Negreiros, um dos artistas que englobou a chamada Geração de Orpheu e que escreveu um dos melhores textos que já li na vida: "Manifesto Anti-Dantas", magnifico.

Um cruzamento de gerações absolutamente imperdível e inesquecível.

Raúl Solnado contornou através da sua "Guerra de 1908", da forma mais inteligente, graciosa e corajosa a censura ao regime ditatorial vigente em Portugal, pela mão do Professor Doutor Marcello Caetano, abordando a Guerra Colonial em África.

Solnado é e será sempre, por isto, da Pátria.
Solnado é e será sempre, por isto, do Povo.

Que o Povo e a Pátria se unam para que ele seja imortalizado no palco, num hipotético Teatro Raúl Solnado.

"Eu não me venho despedir... porque ele vai estar sempre comigo" rematou Francisco Nicholson, embebido em lágrimas, destacando assim a figura de Raúl Solnado.

Raúl é daqueles que não morre. Apenas vai ali e nós vamos já ter com ele. Entre uma coisa e outra fica a saudade dos que o adoram e a gratidão dos que o admiram.

Jorge Gabriel escreveu um dia palavras que nunca esquecerei, acerca da morte de outro Raúl (Durão): "Eu lutei Raúl. Lutei muito, sofri outro tanto e chorei ainda mais. Mas consegui.".

Portugal, não o Povo mas a Pátria, faz o epitáfio de Raúl de forma semelhante: "Portugal lutou Raúl. Lutou muito, sofreu outro tanto e contigo riu ainda mais. Mas conseguimos."

Conseguimos a Liberdade.
Lado a Lado.

Aos 79 anos, este é apenas um "Até Já" do Artista, muito contra a sua vontade como referiu Alice Vieira.
Com certeza, as suas últimas palavras para o Povo terão sido... "Façam o favor de ser Felizes!".

sábado, 11 de julho de 2009

Sumo de Kiwi I


"I'm Back!".

Quem gosta do clássico Exterminador Implacável, e quem se deliciou na infância, como eu, com o robô interpretado por Arnold Schwarzenneger e pelo miúdo John Connor, entenderá o que significa ouvir esta frase.

Traz-nos à memória as lágrimas de John Connor enquanto o robô se deixa diluir em lava após dizer a famosa frase "Hasta la vista, baby", acenando positivamente com a mão direita.

Lindo. Mesmo para um robô.

Contudo, o que podem guardar desta introdução é mesmo o "I'm Back!". É verdade, estive desaparecido da blogosfera durante 3 meses mas prometo que não me volto a ausentar tanto tempo, mesmo tendo noção que nenhum de vós teve saudades da minha presença neste espaço. Isto partindo do princípio que alguém está a ler isto.

E, no meio desta ausência, celebrou-se, no passado dia 11 de Junho de 2009, o primeiro aniversário do Sumo de Kiwi. É verdade, um ano a triturar sementes é... muita fruta. "Parabéns", é o mínimo que podem dizer, nem que seja apenas por simpatia!

Mesmo assim, gosto da experiência e mesmo que esteja aqui a escrever para ninguém ler, eu continuarei a escrever.
Porque gosto. Porque Escrever é a arte suprema.

Deste modo, e hoje que faz 1 ano e 1 mês, dia 11 de Julho de 2009, decidi renovar o Sumo de Kiwi. Deste modo, procedi a algumas alterações que incidem na renovação do design da página principal em termos de cor e formato, alterei também a descriçaõ do blog deixando uma dedicatória para alguém que me inspira todos os dias - sim, o João Carlos continua presente -, revelei finalmente a verdadeira razão do blog se chamar Sumo de Kiwi e eliminei grande parte dos textos (que guardo em arquivo pessoal) deixando apenas aqueles que têm para mim um significado especial.

Neste primeiro ano, os sumos por mim feitos nesta página foram comentados por 27 pessoas diferentes num total de 88 comentários, sem contabilizar os anónimos. Agrada-me que as pessoas que lêem o Sumo de Kiwi critiquem os meus textos e, nesse contexto, decidi premiar o leitor que por mais vezes comentou o meu blog.

Julgo ser uma iniciativa que premeia essencialmente pela criatividade e pelo divertimento do que propriamente uma recompensa para ver quem mais comenta os meus textos. Nada disso, até porque o prémio não tem valor algum, é apenas simbólico e tem relação directa com a essência do Sumo de Kiwi. Resumindo: sou apenas um idiota iluminado que gosta de se divertir.

Mas, e como alguém tinha que ser distinguido, deixo aqui o pódio e, logicamente, o número de comentários realizados, respectivamente:



  1. Mariana Fiadeiro - 15 comentários;


  2. David Calado - 14 comentários;


  3. Ana Rita Teles - 10 comentários.

Sendo assim, querida namorada, acabaste de vencer o tal prémio que, quando for entregue, todos os devoradores de kiwi ficarão a conhecer qual o valioso prémio que o Sumo de Kiwi se orgulha de atribuir. A parte do valioso é mesmo só brincadeira.

Para o ano haverá mais prémios.

Até lá, "Hasta la vista, Baby!".

terça-feira, 10 de março de 2009

Menino Da Alegria


Conheci um menino cheio de alegria
Que sonhava de noite e amava de dia
Como se nascesse sempre em cada amanhecer
Como se não houvesse tempo a perder

E esse menino crescia sempre com o mesmo sorriso
Como quem nos dá sem ser preciso
Juntava todos os pedaços ao seu redor
Como quem põe em cada entrega um pouco de amor

Um beijo, um abraço, sempre um pouco de afecto
Não sei para onde foste mas estás sempre por perto
Algo que enche o coração e fica para além do tempo
Porque te transporto sempre no meu pensamento

Conheci um menino cheio de alegria
Que dizia em segredo que nunca me deixaria
Como se fossemos uma irmandade
Como se fosse muito mais que Amizade

E esse menino que agora vos canto
Ouve-me com orgulho e sem espanto
Porque esta amizade florescia e nunca morreria
Canto para ti, Menino da Alegria

Um beijo, um abraço, sempre um pouco de afecto
Não sei para onde foste mas estás sempre por perto
Algo que enche o coração e fica para além do tempo
Porque te transporto sempre no meu pensamento


Conheci um menino cheio de alegria
Vivíamos os dois na mesma sintonia
E enquanto me deito à noite desfeito
Abraço refeito as lembranças que me enchem o peito

E esse menino que agora vive no céu
Está à minha espera e de tudo o que é meu
E eu anseio sem medo esse dia
Em que irei ter com o Menino da Alegria

Um beijo, um abraço, sempre um pouco de afecto
Não sei para onde foste mas estás sempre por perto
Algo que enche o coração e fica para além do tempo
Porque te transporto sempre no meu pensamento


Para o João Carlos,
com quem desejo um dia partilhar o céu.

Parabéns Meu Irmão, Amo-te.

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Balada do Levezinho




Chuta Leve, Levezinho
Contra o Moreira ou contra o Quim
Será de cabeça ou pé direito?
Mais um golo será feito
Contra o Benfica é sempre assim!


É talvez a arte e o talento
Daquele que nunca se fica
Vai à procura de mais um tento
E da falta de genica
Da defesa do Benfica...


Quem chuta, assim, Levezinho
Com tão estranha leveza
Que procura o golo de mansinho
Que manda os lampiões falar baixinho
É certamente uma beleza!



p.s.: Esta é apenas uma forma de agradecer a vitória de ontem. Mas que grande alegria! A toda a equipa mas, em particular, ao Liedson!

p.s.: Estas 3 batatinhas estavam atravessadas desde a primeira volta. Do príncipio ao fim fomos, naturalmente, superiores aos meninos que vestem de encarnado.

p.s.: Quase que me esquecia: Na vitória como na derrota, Amo-te Sporting.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

Chão


Tal como tinha prometido e anunciado aqui antecipadamente, na sexta-feira, dia 23 de Janeiro de 2009, fui ao Coliseu dos Recreios ver/ouvir a Mafalda Veiga.
E, tal como também tinha aqui revelado, o alinhamento não fugiu muito do que tinha tido conhecimento. Mafalda não cantou No Rasto do Sol mas, e perdoem-me, não me lembro qual a música que cantou, se cantou.

Foram duas horas e meia absolutamente incríveis. Cheias de várias emoções, sempre com uma vontade enorme de saltar as bancadas e ficar ali, no palco, Lado a Lado com a Mafalda.

Foi no Chão que Mafalda Veiga iniciou o concerto ao som de Vertigem e assim que começou a cantar fiquei completamente arrepiado. É sempre a mesma sensação envolvente cada vez que ouço Mafalda.

Seguiram-se duas das músicas que mais gosto no novo CD (Entre Achados e Perdidos e Faz Parte) a antecipar o tema De Mão Em Mão que, e disse-lhe antes de ela me abraçar, foi dedicado por mim à minha Amiga Mariana Silva.

Fiquei fascinado com as palavras de Mafalda ao explicar a letra de Antes da Escuridão, que se seguiu ao tema Ao Teu Redor, onde a compositora nos leva a cair na realidade acerca de todas as imagens que nos entram diariamente em casa pelos meios de comunicação social e nos provam que devemos dar valor à paz que temos no sítio onde estamos.

Depois parei para ouvir e cantarolar sete músicas das quais tenho dificuldade em privilegiar uma delas. Imortais é, por ventura, a música mais bem conseguida do novo álbum ao qual se seguiram dois temas clássicos: Vestígios de Ti, que foi absolutamente deslumbrante, e O Meu Abrigo que ouvi abraçado a uma pessoa muito especial para mim – Mariana – enquanto continha as lágrimas que ela deixava correr. Uma Noite Para Comemorar deu seguimento a este parcial fabuloso e esta é, há muitos anos, das minhas músicas de top. Quando penso nos primeiros tempos em que ouvi Mafalda há aproximadamente uns oito anos atrás, quando era inclusive gozado por ouvi-la, lembro-me sempre de músicas como Cada Lugar Teu, Restolho ou Uma Noite Para Comemorar mas é neste tema que encontro dos versos mais bonitos de todos os que Mafalda já escreveu: “Há qualquer coisa infinita como o firmamento / um sorriso, um abraço que transcende o tempo” – Estes versos, tão pequenos e tão grandes, dedico-os ao meu Melhor Amigo: Para Ti, João Carlos.
Esta série acabaria ao som de Cúmplices – obrigado David por tudo o que temos partilhado e tem fortalecido a nossa Amizade – e ainda de Gota, tema que nunca tinha ouvido ao vivo mas que sei de cor (como quase todos os temas que a Mafalda cantou) e de Tatuagens – faltou ali o Palma.

A verdade é que aqui ainda não íamos nem a meio do espectáculo! Após cantar três temas do novo disco, Os Dias (Pedaço do Mundo), Só Tu Sabes e, mais uma grande letra, que se ouve em Era Uma vez Um Pensamento Teu, Mafalda deu lugar a um dos momentos mais bonitos que já presenciei ao vivo: o dueto que fez com Tiago Bettencourt.
Absolutamente delicioso. Tiago arrasou quando se sentou no Chão com Mafalda para cantar Balançar, arrancando aplausos mais que merecidos de um Coliseu em êxtase. Para terminar justamente, Tiago Bettencourt retribui os aplausos do público e o convite de Mafalda com um tema seu (também em conjunto com a cantora): O Jogo.
Parabéns pela iniciativa e pelo sucesso inegável da mesma.

Para acalmar os ânimos de um público maravilhado com a actuação da cantora alentejana, Mafalda interpretou dois temas menos conhecidos, Um Filme e Outra Margem de Mim, este último tema também pertencente ao último álbum: Chão.

E, por mais que goste de todos os temas de Mafalda, houve um que sobressaiu nesta noite: Fim do Dia.
Ambos sabemos porquê. Foi dos momentos mais bonitos da minha vida.
Obrigada Mariana.

Estrada e Abraça-me Bem fecharam os temas do novo álbum mas ainda faltava ouvir algumas das mais famosas músicas de Mafalda.
Ouvimos, portanto, Velho (que maravilha…), antes de Mafalda dedicar ao seu filho Tomás o tema O Menino Do Piano, que encantou, novamente, todo o público.

De seguida Mafalda presenteou-nos com um dos meus temas preferidos de Jorge Palma, numa homenagem ao músico português, cantando A Gente Vai Continuar. Esta foi para o meu grande Amigo Luís André.

Um Pouco De Céu e Lume anteciparam de forma perfeita o fim do concerto com todo o público a sussurrar estas duas canções.

Para terminar, Mafalda fechou em beleza interpretando dois dos seus mais badalados temas, possivelmente os preferidos dos seus fãs, como eu.
Restolho, que tem outra das quadras mais bonitas que conheço nas letras de Mafalda: “A vida não é existir sem mais nada / A vida não é dia sim, dia não/ É feita em cada entrega alucinada/ Para receber daquilo que aumenta o coração”. Lindo, não é?
Em último lugar, ouviu-se Cada Lugar Teu enquanto, aí sim, chorei de amor, orgulho e saudade enquanto tinha no pensamento o João Carlos e olhava para a Mariana Silva. Como lhe disse ao ouvido antes do tema começar: “A outra música (De Mão Em Mão) foi de mim para ti. Esta que ela vai cantar a seguir é da Mafalda, de todos os que aqui estão mesmo que eles não saibam e, principalmente, de mim para vocês dois… é para ti e para o João”.

Foi demasiado bonito para que tivesse ficado em casa.

Obrigado à Ânia, à Mariana Silva e ao David.
Obrigado, com todas as forças do meu coração, à Mariana.

E obrigada à Mafalda Veiga que alimentou a minha paixão platónica por ela.
E não é que descobri que ela é do Sporting?
Isto um dia ainda dá em casamento!

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Uma Noite Para Comemorar



Mafalda Veiga.
Todos vós sabem da paixão platónica que tenho por esta mulher.
Aliás, isto um dia dará em casamento.

Todos sabem também que essa paixão advém das suas músicas.
Aquelas letras são como um espelho de mim, onde se reflectem os meus sonhos, a minha alma, as minhas crenças. Às vezes parece que ela acabou de estar comigo no momento antes de escrever a letra.

Ficará para mais tarde, talvez para dia 24 de Dezembro, a data do seu aniversário, um texto para a homenagear como ela merece.

Por agora, escrevo aqui apenas para vos informar que hoje, dia 23 de Janeiro de 2009, é o dia em que vou voltar a ser cúmplice com ela.
Ela vai subir ao palco do Coliseu dos Recreios e eu vou lá estar com um brilhozinho tão especial nos olhos como se fosse uma pessoa próxima de mim. Porque, no fundo, é disso que se trata: cumplicidade entre a Mafalda e quem a ouve e lê.

Hoje á noite lá estarei para ouvir Chão mais uma vez, após ter assistido ao concerto do dia 20 de Outubro de 2008 no Casino de Lisboa.
Este é talvez o seu melhor álbum ao qual apenas equiparo Na Alma E Na Pele.

Após três dias a pesquisar na internet descobri o alinhamento do concerto do passado dia 17, no Coliseu do Porto. Se cantar as mesmas músicas em Lisboa, será inesquecível. Maravilhoso. Excitante.

Apesar do excelente alinhamento e da participação especial de Tiago Bettencourt, fico à espera de ouvir um dia músicas como Balada de un Soldado, Por Outras Palavras, Nalgum Lugar Perdido, Ilha, Lado (a Lado), Lisboa de Mil Amores ou Nazaré.
Vejam bem que ela vai cantar trinta e duas músicas e eu ainda fico a pensar noutras sete. É demasiada música boa para que eu ficasse em casa.

Irei com o meu cúmplice amigo David, com a Mariana Silva e com a Ânia.
E com a Mariana, o meu abrigo.

p.s.: Mariana Silva, “Cada Lugar Teu”, é dedicado por mim, pela Mafalda e por todo o Coliseu (mesmo que eles não saibam) a ti e ao João Carlos. Naqueles minutos sei que vais chorar. Peço-te que chores, para além de saudade, de amor e de um orgulho imenso por ele ter partilhado cada lugar dele contigo.
Porque esta será, como ele gostará que seja, lá do sítio lindo de onde nos vê, “Uma Noite Para Comemorar”.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Seremos Sempre Seis


Somos seis. Seremos sempre seis.


Muito embora a vida por vezes ganhe um nevoeiro que faz com que as coisas percam a cor.
Mas as capacidades de pensar, sonhar, crescer, amar e partilhar essas nunca nada nos poderá tirar.

Cresci com o João e com ele partilhei os momentos mais importantes da minha vida.
Lembro-me desde as brincadeiras de criança até ao último dia em que estive com ele.

A vida fez questão de nos juntar aos seis a tempo de nos mostrar o quanto a amizade é importante.

Infelizmente o meu grande Amigo de sempre não está mais comigo, aqui onde eu queria que estivesse.
Felizmente, estão vocês que me continuam a fazer acreditar na amizade verdadeira e continuam a dar-me grandes motivos para sorrir.

Que não percamos nunca esta ligação que temos e tudo o que nos une.

Mal eu sabia há 9 anos atrás quando o Tavares me bateu na escola que ia ser um dos meus melhores amigos.
Mal eu sabia que há 9 anos atrás enquanto trocava a identidade dos gémeos que eles iriam ser dois dos meus melhores amigos.
Mal eu sabia que há 3 anos atrás quando vi o Tiago na Nazaré que ele se iria tornar num dos meus melhores amigos.

Mal nós sabíamos que iríamos ter que ver o João partir cedo demais.

Um dia fomos seis.
Hoje continuamos assim e sei que seremos sempre seis.

Citando uma das mais famosas frases que surgiu dentro do grupo, só vos posso dizer da forma mais sincera: "Obrigado a todos... Obrigado!".


p.s.: Esta é uma forma de vos dizer que são muito importantes na minha vida. Ao Tavares, ao Fábio, ao Tiago, ao João Carlos e ao Filipe.

p.s.: Um beijinho especial às meninas que nos aturam: à Sofia, à Ânia, à Carolina, à Mariana e, claro está, à Rita.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Parabéns!

Hoje é dia 12 de Janeiro de 2009.
Hoje o Pinguin, ou Gui como o trato carinhosamente, faz 21 anos.

Ele é o legado de uma das mulheres mais fantásticas que conheci e da qual tenho imensas saudades, a minha avó Natércia.
Ele é como um amor que nunca se esgota.
Ele é na minha vida muito mais do que consigo explicar.
Ele é a minha réstia de alegria nos dias que correm.

E estará para sempre gravado no meu corpo, no meu coração e na minha mente.

Quem me conhece sabe como gosto do Gato Gui.
Hoje é um dia feliz.

Quero muitos mais momentos com beijos destes.

Parabéns Gui!

Amo-te.