quarta-feira, 27 de agosto de 2008

Paz & Liberdade: E Tu, Tens A Mania Que És Hippie?...



Ser hippie não é teres Bob Marley no ouvido e lutares por sonhos sem sentido.

Ser hippie não é tatuares Che Guevara sem saberes por que causas ele lutara.

Ser hippie não é andares descalço e vestires roupa que mais ninguém usa.
Ser hippie não é fumares ganzas e seres contra os USA.

Ser hippie não é praguejares contra a discriminação de qualquer raça se achas que dar pancada num preto tem graça.

Ser hippie não é usares óculos de sol gigantes e fazeres vénia aos Comandantes.

Ser hippie não é evocares um Sonho mas virares costas se contraponho.

Ser hippie não é andares despido para seres ouvido e dizeres que queres o mundo unido.

Ser hippie não é dizeres-te ambientalista se preferes matar animais para ser capa de revista.

Ser hippie não é veres a “Lista de Schindler” e chorar se nem sabes do que estamos a falar.

Ser hippie não é quereres o mundo na tua mão mas sim dares ao próximo o melhor do teu coração.

Ser hippie não é ires ao Avante em nome de um festival se nem sabes o que sofreu Álvaro Cunhal.

Ser hippie não é dares ao teu filho um nome diferente só porque não te consegues impor naturalmente.

Ser hippie não é usares pulseiras da amizade se não tiveres em ti essa vontade.

Ser hippie não é seres anormal para cair em graça mas seres racional para evitar nova desgraça.

Ser hippie não é ter uma colecção de All Star e mostra-las a toda a gente se foram feitas por crianças exploradas no médio oriente.

Ser hippie não é publicares fotos com efeitos do Photoshop se é com essas cenas que o teu cérebro se entope!

Ser hippie não é recitares poesia mágica se esqueces a miséria que há em África.

Ser hippie não é ter rastas na cabeça se as tuas convicções não são uma certeza.

Ser hippie não é teres a mania que és surfista se as futilidades te tapam a vista.

Ser hippie não é escreveres uma cena destas se depois mostrares que não prestas!...

Ser hippie é ter mais vontade. É ouvir outra verdade.
É lutar pela Paz e pela Liberdade individual e colectiva.

E tu, ainda tens a mania que és hippie?...



>>> Nome das personagens históricas que lutaram e/ou lutam pela Paz e Liberdade no mundo, pela ordem que aparecem na imagem (de cima para baixo, da esquerda para a direita):

sábado, 23 de agosto de 2008

Barreiras


É assim. Foi assim que a vida quis. Ela manda, eu respeito-a, obedeço-lhe, olho-a de frente, sorrio-lhe e avanço.

Podia estar agora, com toda a naturalidade, a escrever sobre um amigo que um dia tive. Um amigo com quem cresci, com quem aprendi algumas das coisas mais elementares e deliciosas da vida, alguém com quem passei alguns dos momentos mais divertidos da minha vida – das diagonais ao Treze -, alguém por quem me levantava da cama para o ajudar fosse a que hora fosse por que sei que ele faria o mesmo por mim.

Como diz a “velha escola”, por ele eu dava a minha camisola. Acreditem que há uns tempos atrás a loucura intrínseca à idade e os devaneios da imaturidade me levariam a dar a camisola por muita gente. Hoje não. E ele, esse grande amigo, continua a estar no lote daqueles por quem eu me sacrificaria. E nunca deixou de estar. Acredita mesmo amigo, nunca deixaste.

Por vezes, nas noites em que nos sentimos cansados e mortos mas não conseguimos dormir e a saudade nos ataca, chorei por pensar que a vida me tinha roubado tudo o que de mais bonito me tinha dado até ali. Chorei por pensar que não mais voltaríamos a partilhar pequenos (grandes) momentos que eram responsáveis por parte daquilo em que me tinha tornado.

E afastamo-nos, por momentos. E isso eu não deixarei que volte a acontecer. Mas não deixarei mesmo!

Por isso, quando me convidaste para aquele café em Torres Novas e para ir ver o nosso Sporting respondi, sem hesitar, sem sequer pestanejar, que sim. Era importante voltar a conviver contigo, falar e deixar as coisas claras valorizando sempre a amizade que sabíamos existir.

Quando viajei até à Altura este ano pensei muitas vezes em como as coisas eram anos antes. Era uma viagem que fazíamos juntos. Este ano demorei cerca de metade do tempo mas esta viagem não teve o mesmo significado. Pagaria tudo para ter voltado a fazer aquela viagem em 8 ou 9 horas com outras tantas paragens mas sempre com a representação e a pintura que nos marcam e deixam saudade. “Ah, a saudade… essa senhora maldita”, como me disse um dia uma amiga que me viu partir de Coimbra.
A saudade invadiu-me também quando estava deitado na areia a procurar diagonais, a jogar UNO, a ler o Record, a fazer a minha equipa da Liga Record, a jogar futebol, a comer bolas de Berlim… enfim, são todas estas pequenas (grandes) coisas que estão gravadas em mim como parte de ti e me tornam a pessoa que sou hoje.

Quando deste um passo importante na tua vida, eu fiquei muito feliz por ti. Como se fosse por mim. Marcando aqui um pequeno aparte, lembro-me que um dia, no verão do ano passado, a Joana Companheira estava em Londres e queria saber a nota dela no exame nacional de Geografia. Pediu-me e eu fui lá. Ela teve 18 e eu, assim que vi a nota dela, chorei de um orgulho e felicidade imensa. Foi ali que percebi que ela era uma grande parte de mim porque eu chorava e ria por ela como o faço por mim.
De ti, eu já não duvidava disso, mas cada passo importante teu é também um caminhar importante para mim que sigo ao teu lado.
Porque, para mim, a amizade é isto: estarmos lado a lado a sorrir e chorar uns pelos outros, sempre dispostos a dar a mão.

Como disse no início, poderia hoje estar a falar de um amigo que um dia tive. Não quero falar dos porquês, porque não interessam, pois o que realmente importa realçar é que escrevo hoje de um amigo que tenho. E que terei sempre.
Tenho a certeza, porque se soubemos ultrapassar estas barreiras, então não haverá nada no mundo que cesse a nossa forte ligação. Porque “seremos cúmplices o resto da vida”.

Por todos os momentos já vividos, por todas as palavras já ditas, por seres assim tão genuíno e importante na minha vida… Obrigado David.

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

O Único Local Do Mundo Onde Sinto Que Tudo Faz Sentido...


Fez na passada Quarta-Feira, dia 06 de Agosto de 2008, 5 anos que foi inaugurada a minha casa.

O Estádio José Alvalade XXI: o único local no mundo onde sinto que tudo faz sentido… onde o meu mundo pára, onde tudo é perfeito, onde tudo parece fazer sentido. Não, isto não é nenhuma carta de amor para uma rapariga. Mas é a minha perdição.

E a 06 de Agosto de 2003, vencemos por 3-1 o Manchester United.
Luís Filipe (!) marcou o primeiro golo a Fabien Barthez. João Pinto, o grande artista, bisou e Hugo fez um auto-golo, imitando Juca que havia feito o mesmo na inauguração do velhinho Estádio…
Cristiano Ronaldo fez o último jogo de leão ao peito.

Parabéns a todos os sportinguistas que amam este grande clube como eu.

p.s.: parabéns a Pedro Barbosa, o grande capitão, que comemorou 38 anos também na passada quarta-feira. Foi graças a ele que escolhi, quando jogava futsal, o número 8 para carregar nas costas. Obrigado por tudo.


Para ver o vídeo da inaguração do Estádio Alvalade XXI, clica aqui: