
Que melhor altura do ano para matar saudades?
Depois de três meses ausente, voltei a fazer sumo e, deliciem-se, este é dos bons.
Esta é uma carta que escrevi ao Pai Natal com 11 anos (!), apenas 9 meses antes de ir para o Secundário. Triste? Não, nunca para mim.Esta carta para mim é sinónimo de alegria, de inocência e de humildade que permanecerá comigo eternamente, de uma infância recheada de coisas boas onde não existiam consolas nem internet mas onde se priveligiava o contacto humano a jogar futebol na rua até ser noite ou andar de bicicleta a jogar ao pé no chão. Hoje em dia, pena minha, isso já não se usa.Passo então a transcrever esta carta:"Olá Pai Natal! Se calhar ainda te lembras de mim, eu sou o Ricardo Jorge Ferreira Rodrigues, tenho 11 anos, nasci a 21.09.1988 e sou da Gouxaria.A minha família está bem, o meu pai continua como serralheiro, a minha mãe continua como doméstica, o meu irmão mudou este ano para a faculdade de Lisboa, é da turma T06 da Universidade "ISEG" e a minha irmã está no 2º ano ROC na "EPO" (Escola Profissional de Ourém que se situa em Fátima).Este ano não queria o que todos querem, ou seja, uma playstation, eu queria um equipamento de guarda redes com luvas e se possível sem o símbolo de algum clube.Também se possível queria dos mais baratos que existem, eu sei um sítio e vou-te dizer qual é, é a "Loja do Sr. Carvalho" e se não souberes onde é pergunta à minha mãe que ela sabe.Agora me despeço de ti com muitos abraços e já agora Feliz Natal e Ano Novo, adeus Pai Natal.".Votos de Boas Festas para todos mas, permitam-se, um beijo muito grande à pessoa que mais sofre com o desmenbramento desta família feliz que retrato na carta e, provavelmente, a pessoa que mais amo no mundo, a minha Mãe.